terça-feira, 27 de outubro de 2009




Chamei-te ao encontro dos meus sonhos. Esperei-te sentada nos degraus do café da esquina de minha casa, e com a cabeça encostada nas palmas das mãos, imaginei como seria se te pudesse ter só para mim. Desisti, era um sonho impossível de realizar...


Passado horas e horas de espera, levantei-me e comecei a andar sem direcção até ir dar à tua casa. Involuntariamente dirigi-me à tua porta. Bati, mas ninguém abriu, decidi voltar e esperar uma resposta.


Vários meses passaram e eu sem ter noticias tuas, começava a desesperar. Semanas depois soube que viajaste, sem avisar. Sem uma explicação ou um adeus, partiste. Partiste logo no momento que precisava mais de ti.

Durante meses os nossos melhores momentos eram constantes no meu pensamento, as saudades eram atordoadoras e a esperança que voltasses cada vez era maior. Passei horas a olhar para o telemóvel à espera dum telefonema, um recado, qualquer coisa… Mas rapidamente as esperanças se dissolveram e com elas as horas a pensar em ti também.


Numa certa 5ª feira, já a passar da meia noite, recebo uma mensagem tua: “Vem ter comigo ao sítio do costume.” Terás voltado? É o que parece.


Arranjei uma desculpa e saí de casa. Lá estavas tu, nos mesmos degraus onde esperei por ti à 7 meses atrás. Dirigi-me a ti. Perguntei-te a razão de teres desaparecido de repente e sem avisar, mas não respondeste. Não insisti mais.


Passamos horas e horas a conversar, repetimos no dia seguinte e no outro, sem nunca chegar a saber a razão da tua partida.


Agora tinha-me apercebido que a nossa relação era forte, ficámos juntos para sempre!


Acordei com o barulho do despertador, estava na hora de ir ter contigo ao tal café, tudo não tinha passado dum sonho. Senti-me aliviada.


Desta vez, só espero não ter que te perder, para te ter novamente...