Esta
é a história de uma pequena flor diferente das outras. Não que fosse diferente
no seu aspeto físico, mas sim na sua maneira de estar e pensar sobre a vida.
Não
era como as outras flores da sua idade e da sua espécie, sonhava mais alto,
queria ser livre e poder conhecer outros jardins e florestas e viajar pelo
mundo. Mas como? Se ao menos pudesse soltar as suas raízes da terra e ser
livre…
Leo,
a flor que acabamos de apresentar, todos os dias acordava e imaginava como
seria se não fosse prisioneira da sua própria condição e tinha a certeza que a
sua existência não podia ser resumida apenas àquela vida.
Era
o primeiro dia de primavera, os pássaros cantavam, as borboletas dançavam, o
céu estava limpo e azul e as flores começavam a mostrar aquilo que de mais belo
tinham para mostrar. Aquele prado coloria-se como se de um quadro se trata-se.
A
pequena flor, a tal com o desejo de conhecer o mundo, crescera e convertera-se
num bonito e forte dente-de-leão. Mas só o seu exterior mudou, Leo teimava em
lutar contra a sua essência e queria acima de tudo mudar para uma vida melhor.
Tal
desejo tornou-a fria e distante, fê-la isolar-se dos outros da sua espécie e
começou a murchar, baixando a cabeça para o solo. Deixou-se de contar o tempo que
esta flor não olhou o sol.
Não
havia flor, planta ou animal que ficasse indiferente a tamanha tristeza mas
ninguém a conseguia ajudar.
Certo
dia, mais um de tantos para Leo, a sua vida iria mudar… Uma pequena criança,
talvez dos seus 7 ou 8 anos de idade e de seu nome Felicidade, reparou que no
meio de tantas flores vivas e coloridas, havia uma que se distinguia pela sua
murchidão e pela sua falta de cor.
Felicidade,
com toda a sua ingenuidade de criança, achava que aquela flor não era feliz como
as outras.
Aproximou-se de Leo, olharam-se breves segundos. Felicidade, sabia que só havia uma coisa a fazer. Arrancou-a da terra, pegou nela com o maior cuidado possível, e sorrindo, aproximou-a dos seus lábios e soprou Leo o mais alto que conseguiu.
Aproximou-se de Leo, olharam-se breves segundos. Felicidade, sabia que só havia uma coisa a fazer. Arrancou-a da terra, pegou nela com o maior cuidado possível, e sorrindo, aproximou-a dos seus lábios e soprou Leo o mais alto que conseguiu.
Leo,
voando, sorriu e gritou: – Obrigada Felicidade!